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É tempo sem tempo

É tempo sem tempo, fast food, "Black Friday's", vendedores de supostos saberes, especialistas de bridão na boca

É tempo de questões de múltipla escolha, de "fake news", de slogans publicitários Dinheiro é tempo e tempo é curto. Tempos hiper-modernos, relações apressadas, de egóicas necessidades urgentes De Sujeitos sujeitando-se, transformados em objetos atrativos para o consumo Um curso aqui, um diploma ali... É preciso deste item de última geração Isso me tornará atrativo? vão me comprar assim? É tempo de lutar para ser aceito Aceito? Onde? Junto à classe de privilegiados das benesses? Objetificados nos tornamos, não só consumidores, mas objetos de consumo. Vendemo-nos por um pouco de atenção e de carinho. Que tempos insanos, Onde para ser é preciso ser estranho, Tempo de amores formatados para caber na forma "normal" de se amar, Em que dizem os ascetas: "nestas formas "impuras" vão destruir nossas famílias. Os mutantes, os divergentes são uma ameaça. Cortem-lhes a cabeça." Mas são tantas ovelhas negras que vai ser preciso um massacre, isso me faz tremer. Diz o Zé Ninguém: "Que se começe a de limpeza ascética..." Ai ai que angústia deste tempo de gente com nojinho de sujar os pés na lama da vida. De muitos ideais e pouca vida, De pouca relação verdadeira de almas. De gente armada, que precisa se proteger. Que angústia desse tempo, onde o sono profundo não passa e o ser não desperta. Tempo de vários mestres Jonas na barriga da baleia acreditando estar cumprindo sua missão... Digo-te, precisa parir-te, sofrer as dores do parto de ser expulso do paraíso de gente normal e ter contato com a realidade, com a natureza, com a vida. Eros está presente.


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